De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o período mais frio do ano será marcado pelo fenômeno La Niña.
Diferente do El Niño, o fenômeno La Niña se caracteriza principalmente pelo registro de temperaturas abaixo da média na superfície da parte do Oceano Pacífico.
No Brasil, entre os efeitos mais comuns está o aumento da precipitação e da vazão dos rios no Norte e redução das chuvas na Região Sul.
Além de mais chuvas, o Inmet prevê que a Região Norte terá temperaturas mais elevadas.
As exceções são o sul do Pará e de Tocantins, onde o clima mais quente deve ser acompanhado de chuvas abaixo da média, o que aumenta as chances de incêndios florestais no sul da Amazônia.
Na região Centro-Oeste, massas de ar seco e quente também devem favorecer incêndios florestais principalmente nos meses de agosto e setembro.
O inverno deve intensificar o período seco. A tendência é de diminuição da umidade relativa do ar nos próximos meses, com valores diários que podem ficar abaixo de 30%.
O tempo mais seco que a média deve marcar o inverno na Região Sul. Além de temperaturas próximas e abaixo da média com a chegada de massas de ar polar, principalmente entre julho e agosto.
No Nordeste, as chuvas acima da média devem incidir sobre o litoral, enquanto no oeste da Bahia e no sul do Piauí e do Maranhão as precipitações poderão ser próximas da média.
O Sudeste pode ter chuvas ligeiramente abaixo da média, mas a passagem de frentes frias deve continuar a causar chuvas no litoral.
Região Norte
Para a Região Norte, a previsão indica maior probabilidade que as chuvas ocorram acima da média climatológica, principalmente sobre a faixa norte da região. Em áreas do sul do Pará e do Tocantins, existe uma tendência de chuvas próximas e abaixo da média.
A temperatura do ar nos próximos meses deverá permanecer acima da média em grande parte da região.
As condições de falta de chuvas no sul da Amazônia, aliadas a alta temperatura e baixa umidade relativa do ar, favorecem a incidência de queimadas. Por outro lado, isto não descarta a ocorrência de eventuais episódios de friagens nesta região, devido à passagem de massas de ar frio mais continentais.
Região Nordeste
A previsão do Inmet indica chuvas acima da média histórica para toda a faixa próxima ao litoral nordestino. No oeste da Bahia e no sul do Piauí e do Maranhão, as chuvas poderão ser próximas da média.
Em relação a temperatura, a previsão indica que neste inverno haverá o predomínio de temperaturas próximas e acima da média em grande parte da região.
Região Centro-Oeste
Na Região Centro-Oeste, o período seco já teve início e a tendência é de diminuição da umidade relativa do ar nos próximos meses. Os valores diários podem ficar abaixo de 30%, com picos abaixo de 20%.
A previsão para o inverno indica alta probabilidade de chuvas dentro e abaixo da média em grande parte da região, exceto em áreas pontuais no sudoeste do Mato Grosso do Sul e noroeste do Mato Grosso.
As temperaturas deverão permanecer acima da média, devido a permanência de massas de ar seco e quente, principalmente nos meses de agosto e setembro, favorecendo a ocorrência de queimadas e incêndios florestais.
Região Sudeste
Assim como na Região Centro-Oeste, os meses de julho e agosto correspondem ao período seco da Região Sudeste, especialmente no norte de Minas Gerais.
A previsão para o inverno na Região Sudeste indica que as chuvas devem permanecer abaixo da média, porém não se descarta a ocorrência de chuvas próximas ao litoral da Região Sudeste, devido a passagem de frentes frias.
No caso das temperaturas, elas devem permanecer acima da média em grande parte da região, porém não se descarta a possibilidade de queda na temperatura média do ar devido à entrada de massas de ar frio, podendo ocorrer formação de geadas.
Região Sul
O prognóstico do Inmet para os meses de inverno, indica o predomínio de chuvas abaixo da média em grande parte da Região Sul. Porém, em áreas do oeste dos três estados, assim como no extremo sul do Rio Grande do Sul, as chuvas serão acima da média.
Temperaturas abaixo da média são previstas para grande parte da Região Sul, principalmente nos meses de julho e agosto.
Fonte: Canal Rural